Durante seu primeiro pronunciamento da tribuna do Plenário, o senador Jorge Viana (PT-AC) apresentou requerimento propondo a criação de uma comissão temporária para acompanhar todos os atos, fatos relevantes, normas e procedimentos referentes à atuação da defesa civil no Brasil. Ele foi motivado pelas enchentes e deslizamentos ocorridos esse ano no Rio de Janeiro e no ano passado em Alagoas e Pernambuco, além de secas, incêndios florestais e outros desastres que periodicamente atingem as diversas regiões do país.
- O objetivo dessa comissão é identificar os fatores limitantes da atuação da defesa civil no Brasil. Para tanto, é preciso entender como o sistema está estruturado, quais os meios de que dispõe para enfrentar situações de emergência e de calamidade pública, qual a eficácia das ações, em especial de prevenção, entre outras questões. Ao final do trabalho espera-se que o Senado disponha de um conhecimento sistematizado sobre o assunto, podendo contribuir para o aprimoramento da defesa civil nos aspectos legislativo, orçamentário e fiscalizatório - explicou Jorge Viana.
Antes de apresentar o requerimento, Jorge Viana fez uma retrospectiva da sua vida pública e do grupo político ao qual pertence no Acre. Ele revelou a influência que recebeu de militantes como Chico Mendes e o bispo Dom Moacyr Grechi e de companheiros de militância, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ex-senadores Tião Viana (PT), seu irmão, e Marina Silva (PV), além do ex-governador acreano Binho Marques (PT). O senador destacou que seu grupo político venceu as últimas quatro eleições consecutivas no estado.
Jorge Viana agradeceu à bancada petista pela inclusão de seu nome na comissão encarregada de analisar a reforma política. Ele opinou que a reforma poderá se constituir em ponto de partida para "a grande agenda política do próprio Poder Legislativo brasileiro". O senador também traçou um histórico dos governos brasileiros, destacando o papel desempenhado pelos presidentes da República civis desde Getúlio Vargas até Lula.
Apartes
Em aparte, o senador Humberto Costa (PT-PE) opinou que a maior contribuição que Jorge Viana e seu grupo político deram ao Acre foi livrá-lo "de todas as mazelas advindas do crime organizado que manchou durante muito tempo a imagem do estado". Já o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) elogiou Jorge e o seu irmão Tião Viana, por serem "comprometidos de corpo e alma" com o estado.
Por sua vez, o senador Blairo Maggi (PR-MT) testemunhou a serenidade e competência do ex-governador Binho Marques, com quem conviveu nas reuniões do Fórum dos Governadores da Amazônia, quando governou o Mato Grosso. O senador João Pedro (PT-AM) comentou que a geração de Jorge Viana se contrapôs à "velha política" que se fazia no Acre, contribuindo decisivamente para impulsionar o desenvolvimento do estado.
Ao comparar que viu o Acre antes e depois do governo Jorge Viana, o senador Pedro Taques (PDT-MT) elegeu como maior mérito do ex-governador a luta contra o crime organizado e em defesa dos direitos humanos. O senador Wellington Dias (PT-PI) disse que a gestão de Jorge Viana tornou-se conhecida como o "governo das florestas": o desenvolvimento do estado foi centrado na preservação do meio ambiente e no respeito ao homem e à mulher da região.
Fonte: Agência Senado
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