Numa tentativa de emplacar o diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre), Marcos Alexandre, como seu candidato a prefeito da capital, o Palácio Rio Branco tem levado o órgão a atribuições além das previstas. De pavimentação e manutenção de rodovias, o Deracre passou a ser presença constante em obras dentro da cidade.
Depois de ser intitulado como o “construtor da BR” e um dos principais responsáveis pelo “Ruas do Povo”, Alexandre agora chefia até mutirões de limpeza nos bairros da cidade. O engenheiro é o mais novo aliado na “guerra contra a Dengue”. Ele acompanha pessoalmente as equipes do Deracre que fazem a retirada de entulhos onde possam se concentrar criadouros do Aedes Aegypti.
Para preparar o terreno de Alexandre para 2012, o governo costura a aproximação dele com os líderes dos movimentos comunitários. Para evitar desgastes, os estrategistas governistas evitam a aproximação dele com a atual gestão da prefeitura, apontada como impopular na maioria dos bairros mais pobres.
A tempestade da madrugada de domingo (27), que deixou centenas de desabrigados na periferia, é vista como outro fator a fragilizar a imagem dos petistas. Os moradores não pensam duas vezes em criticar as obras de infraestrutura (como também a ausência) realizadas na região pelas consequências das fortes chuvas.
Diante de uma situação fiscal difícil vivida pela prefeitura, o governo estadual tem tomado para si a responsabilidade de zelar pela capital. A ação de Raimundo Angelim passou a ficar em segundo plano, com o Deracre sendo visto hoje como a sede da Prefeitura de Rio Branco.
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