Pela primeira vez em livro, um jornalista – Palmério Dória, um veterano do jornalismo investigativo – reconstrói toda a insólita trajetória do ex-governador do Maranhão, ex-presidente da República e atual senador José Sarney. Sua vida, seus negócios, seu destino – presidente da República por acaso – sua família, amigos e correligionários, todos envolvidos numa teia.
O livro tem uma leitura saborosa a partir dos títulos de capítulos, atrevidos e maliciosos, como os seguintes:
- Nasceu, cresceu e criou dentes dentro do Tribunal
- As primeiras trapaças com a urna
- Al Capone seria aprendiz perto desse rapaz de bigodinho, disse o italiano logrado
- Coronéis baixam no Maranhão com ordens de Castelo: "eleger" Sarney
- Um milhão de maranhenses migram
- Caçula diploma-se em delinquenciologia no governo Maluf
- Homem da mala morre, dinheiro some, Sarney tem um troço
- No confisco de Collor, caçula salva a grana da família na calada da noite
- Na área de energia, vendem até o poste
- Maranhenses só veem na tevê o que os netinhos da ditadura querem
- Operação Boi-Barrica pega diálogos de arrepiar
- Caçula não sai de casa sem o principal adereço: habeas corpus preventivo
- Lama jorra no Senado. A máquina de atos secretos
- Nasceu, cresceu e criou dentes dentro do Tribunal
- As primeiras trapaças com a urna
- Al Capone seria aprendiz perto desse rapaz de bigodinho, disse o italiano logrado
- Coronéis baixam no Maranhão com ordens de Castelo: "eleger" Sarney
- Um milhão de maranhenses migram
- Caçula diploma-se em delinquenciologia no governo Maluf
- Homem da mala morre, dinheiro some, Sarney tem um troço
- No confisco de Collor, caçula salva a grana da família na calada da noite
- Na área de energia, vendem até o poste
- Maranhenses só veem na tevê o que os netinhos da ditadura querem
- Operação Boi-Barrica pega diálogos de arrepiar
- Caçula não sai de casa sem o principal adereço: habeas corpus preventivo
- Lama jorra no Senado. A máquina de atos secretos
O PMDB ERECTO
Vizinha do pai na Praia do Calhau, vizinha do pai no Planalto: Roseana tinha gabinete montado pertinho do pai presidente da República. Comportava-se como se estivesse na própria casa.
Bocuda. E desbocada. Mal chegando às bordas do poder federal, ela presenciou o encontro em que o deputado Cid Carvalho, seu conterrâneo, pediu a Sarney apoio para o PMDB nas eleições de 1985. Cid foi enfático:
“Presidente, ao senhor interessa o PMDB erecto!”
Cid voltou o Planalto, semanas depois, desenxabido com o fracasso de seu candidato, que não passou do quarto lugar, com apenas dez mil votos. Roseana levantou o braço, de punho fechado, em posição fálica:
“Então, Cid? Cadê o PMDB erecto?”
Baixou o cotovelo e o balançou, em gesto obsceno:
“Broxou?”
(“Honoráveis Bandidos”, página 28)
A PORTA BLINDEX DO ZEQUINHA
Nem preferido da mãe, nem preferido do pai, José Sarney Filho, o Zequinha, filho do meio, é pesado de carregar. Foi ministro do Meio Ambiente de Fernando Henrique Cardoso, e mais nada.
Seu grande feito foi transferir para o seu Maranhão, então governado pela irmã, nada menos que 80 por cento das verbas de sua pasta – e Roseana achou pouco.
Quando viu que não vinha mais nada, e que o irmão, três anos mais moço, estava fugindo dela, foi até a casa dele, pegou do jardim uma pedra e atirou-a contra a porta de vidro blindex da entrada, que se espatifou. Raivosa mesmo.
(“Honoráveis Bandidos”, página 30)
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