O empresário Rômulo Machado, proprietário da Auto Escola Machado, [irmão do deputado Éber Machado, da base do governo na Aleac] procurou a reportagem do ac24horas, na manhã desta segunda-feira, 23, para denunciar e levar ao conhecimento da opinião pública, a truculência sofrida por ele, por sua filha e esposa no estacionamento do Estádio Arena da Floresta, na madrugada do último domingo, quando comemorava seu aniversário.
De acordo com Rômulo Machado, durante a abordagem policial, ele e sua família sofreram agressões de dezenas de policiais, ao questionar os motivos da ação policial, já que o veículo que estava sentado estaria sendo conduzido por sua esposa, Nataly Leal Lima, responsável pela condução do Chevrolet Blazer de propriedade da família.
“O veículo estava estacionado, minha esposa se apresentou como a motorista, mesmo assim os policiais queriam minha habilitação”, explica Rômulo Machado, afirmando que momentos antes da abordagem dos policiais da Companhia de Trânsito haviam passado uma guarnição comandada pelo policial identificado como Giovane, um antigo desafeto do empresário.
O empresário acredita que a confusão tenha sido ocasionada pelo policial militar Giovane, com quem no ano de 2001, se desentendeu em uma briga de bar que terminou em ação judicial das duas partes. Rômulo Machado ganhou a causa, além de a Justiça determinar que o policial mantenha determinada distância sob pena de detenção.
“Eles [a guarnição de Giovane] passaram e voltaram, perguntando o que eu e um amigo teríamos falado. Prontamente respondi que não teria falado nada em respeito à polícia, que a conversa era particular, mas mesmo assim eles insistiram, chamando a Polícia de Trânsito. Quando a Ciatran chegou, ele afirmou: agora você vai me pagar, vagabundo”, relata Rômulo.
Segundo o empresário, a partir da chegada do reforço policial, começaram as agressões, que se estenderam a sua esposa e filha que tiveram roupas rasgadas pela truculência dos policiais. Rômulo Machado entregou a reportagem do ac24horas, um CD com as imagens da ação policial, onde pode visualizadas as agressões sofridas por sua família.
A esposa do empresário alega que se identificou como condutora do veículo, mas a questão não parecia ser uma ocorrência policia rotineira. De acordo com Nataly leal, a operação policial fechou todos os pontos de acesso do estacionamento do Estádio Arena da Floresta, para evitar que as pessoas saíssem sem passar pela fiscalização.
“Os policiais já estavam nas saídas do local, não precisava fazer aquele tipo de abordagem. Eu não ingeri bebida alcoólica, para que meu esposo pudesse comemorar seu aniversário, e o carro estava parado. Será que é proibido estar próximo de um carro ou sentado nele, parado? Eu estava dirigindo, me identifiquei, mesmo assim ele o espancaram meu marido”, diz revoltada.
HUMILHAÇÃO E VIOLÊNCIA - As pessoas que presenciaram a ação policial registraram tudo em telefones celulares. Segundo o empresário Rômulo Machado e sua esposa, muitas pessoas foram presas por fazer imagens da ação truculenta dos policiais.
O empresário afirma ainda, que os policiais que fizeram a abordagem, não teriam seus nomes identificados, como de costume. “Estranhei e perguntei por que eles não estavam identificados, mas eles disseram que não era do meu interesse”.
A esposa de Rômulo, afirma que foi agredida por um policial da Força Nacional de Segurança, e teve suas roupas e pulseiras arrancadas dos braços, quando os policiais tentaram algemá-la. “Os policiais que vieram reforçar a nossa segurança estão sendo usados para espancar pessoas de bem. Tive minha roupas rasgadas e pulseiras quebradas por policias totalmente despreparados”, afirma Nataly.
A sessão de tortura não teve fim na abordagem. A esposa do empresário Nataly Machado diz que ao chegar a Defla, junto com a filha de Rômulo, a estudante Fernanda Machado, foi agredida fisicamente e verbalmente pelos também pelos agentes civis e militares.
“Eles me chamavam de vagabunda, apontando uma tatuagem que tenho. Diziam que tinha nojo de mim”. A dona de casa denunciou ainda, a agente de policia identificada como Silmara, que não se limitava a agressão verbal, mas ficava empurrando e cutucando as detidas durante todo o tempo em que permaneceram na unidade de segurança.
“Qual o crime que cometi? Será que no Estado do Acre é proibido se divertir? Porque eles não procuram bandidos nos bairros perigosos de Rio Branco? No estacionamento da Arena da Floresta, só vão pessoas e bem”, enfatiza Rômulo Machado, que tem audiência judicial para tratar do assunto no próximo dia 31.
VERSÃO DA PM - No início da tarde desta segunda-feira, 23, a reportagem de ac24horas fez contato telefônico com o comandante da Polícia Militar, coronel Josér Reis Anastácio, que informou não ter com tomado conhecimento em relação ao caso específico da suposta agressão ao empresário Rômulo Machado, durante a operação Álcool Zero.
De acordo com o comandante foram feita 20 detenções de condutores que dirigiam em estado de embriaguês, além da apreensão de vários veículos. Os números exatos da operação serão apresentados através de um balanço da Polícia Militar.
“Sobre este caso específico que envolveu a agressão deste empresário não tenho conhecimento, Preciso ver os relatório da operação, só a partir daí é que podemos nos posicionar sobre as ocorrências da operação” afirma o coronel Anastácio.
O comandante da Polícia Militar informou que a partir da terça-feira, 24, poderá esclarecer sobre as detenções e apreensões feitas durante a Operação Álcool Zero.
NOTA DA REDAÇÃO - reportagem de ac24horas tentou, também, contato telefônico com a secretária de Comunicação do Estado, Mariama Morena, pelo telefone (68) 9971-03**, mas ela não atendeu a ligação ou retornou, para que fosse repassada a versão do governo do Acre sobre o episódio.
Sobre a citação da versão governamental, a jornalista Mariama Morena enviou o seguinte e-mail para a redação:
Caro jornalista,
sobre a matéria "Empresário e família são espancados e humilhados durante operação que envolveu até a Força de Segurança Nacional" veiculada no site ac24horas.com, em que o autor do texto afirma ter me ligado e eu não tenha atendido ou dado retorno para "repassar a versão do governo do Acre sobre o episódio", esclareço que não recebi nenhuma ligação neste período da tarde de nenhum jornalista do referido site. De qualquer forma, como a própria matéria já explicita, o Coronel Anastácio, Comandante da PM, afirmou que o caso será investigado e que os fatos não eram de conhecimento do comando, portanto, do governo. As afirmações do comandante já se configuram na "versão do governo do Acre": o caso está sendo investigado e será dado o devido esclarecimento aos fatos, tão logo sejam feitos os levantamentos.
Att, Mariama Morena
sobre a matéria "Empresário e família são espancados e humilhados durante operação que envolveu até a Força de Segurança Nacional" veiculada no site ac24horas.com, em que o autor do texto afirma ter me ligado e eu não tenha atendido ou dado retorno para "repassar a versão do governo do Acre sobre o episódio", esclareço que não recebi nenhuma ligação neste período da tarde de nenhum jornalista do referido site. De qualquer forma, como a própria matéria já explicita, o Coronel Anastácio, Comandante da PM, afirmou que o caso será investigado e que os fatos não eram de conhecimento do comando, portanto, do governo. As afirmações do comandante já se configuram na "versão do governo do Acre": o caso está sendo investigado e será dado o devido esclarecimento aos fatos, tão logo sejam feitos os levantamentos.
Att, Mariama Morena
do Ac24horas
SÓ MESMO O JORGE PRA COLOCAR O ACRE DE VOLTA NOS TRILHOS
Comente com o Facebook: