segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ruslan Queiroz fala das dificuldades de ser dirigente comunitário

Ruslan é Vice- Presidente da Associação de Moradores do bairro Bahia Nova

Blog - Como é a vida de um dirigente comunitário?

Ruslan - É muito difícil, porque o morador acha que a associação tem o poder de resolver os problemas do bairro. E, não é bem assim, o nosso papel é fazer as cobranças das necessidades do bairro, mas nem sempre somos atendidos em nossas reivindicações.

Blog - Você acha que a associação de moradores deveria ser mais prestigiada?

Ruslan - Com certeza, principalmente a prefeitura deveria ouvir mais a associação de moradores, porque é ela que está mais perto do morador e sabe quais as maiores necessidades do bairro. No entanto, muitas vezes nossas reivindicações é tratada com desdém, como se o que fazemos não tenha importância. Eu acho que se o poder público fizesse uma parceria de verdade com a associação de moradores, era possível resolver grande parte dos problemas do bairro, com menos custo e com maior velocidade.

Blog - Quais os maiores problemas do bairro?

Ruslan - As maiores reivindicações do moradores são a respeito das condições da ruas, a falta de calçada, esgoto, segurança e saúde. O posto Hidalgo de Lima não atende toda a demanda da Baixada, basta ver a continuidade e o tamanho das filas de manhãzinha, o que considero um desrespeito com as pessoas mais carentes. Além disso, sofremos muito com a falta de segurança, apesar de reconhecer o esforço da polícia. O desemprego é um problema sério, causado pela falta de qualificação dos trabalhadores e pela precariedade da nossa economia que, funciona na base do contra-cheque, como se fala. Acho que se as pessoas mais carentes tivessem mais oportunidades, muitos problemas de violência seriam amenizados.

Blog - Como você avalia as condições de toda a região da Baixada do Sol?

Ruslan - Nossa comunidade sempre foi relegada à segundo plano. Hoje, as coisas já estão bem melhor graças a luta dos nossos moradores, que não aceitam mais serem visitados pelos políticos somente no ano das eleições. Acho que a vida vai ser melhor porque muita gente já se acordou e não aceita mais serem usados como massa de manobra.

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