Fonte: Habitante e Habitat
Reginâmio Bonfácio de lima
Mª Iracilda Gomes Cavalcante Bonifácio
De campo de pouso a Aeroporto Velho
O processo de ocupação das terras que hoje compõem o bairro Aeroporto Velho é resultante da dinâmica de expansão da fronteira acreana com seus feitos sobre a estrutura fundiária. A partir da segunda metade do século XX, o crescimento urbano da cidade de Rio Branco , aliado a falência dos seringais acreanos, que foram transformados em grandes fazendas pecuaristas das décadas de 1960 e 1970, contribuíram para a intensificação do movimento das populações para a periferia da cidade. Os seringueiros expulsos de suas terras foram obrigados a se dirigirem para outros lugares, sendo gradativamente levados á zona urbana, principalmente da cidade de Rio Branco, ocasionando o surgimento de vários “apossamentos” , “invasões” e “ocupações”, que, depois, constituiriam a maior parte dos bairros da capital.
Uma das áreas a receber os primeiros moradores nesse período foi a Rua do Terminal, assim chamada devido ao terminal de combustíveis da Petrobrás na área próxima a IBRAL. Os moradores foram se instalando no local, que fica à margem do rio, nas terras do Colégio Aprendizado, se ajuntando nesta rua e nas ruelas concorrentes.
O nome “Aeroporto Velho” foi dado em virtude de o bairro ter sido formado nos arredores do antigo Aeroporto de Rio Branco, chamado à época de Francisco Salgado Filho, posteriormente denominado de Santos Dumont. De acordo com dados obtidos na Escola Flaviano Flávio Baptista, em 1939, foi inaugurada a primeira pista de pouso e decolagem para aviões de pequeno porte de Rio Branco.
O estado da pista de pouso até 1946 era precário, sendo as instalações dos passageiros uma simples choupana.
Novo terminal de passageiros Francisco Salgado Filho, 1948, substituiu a velha choupana
Parte interna do aeroporto
Batismo do avião Barão de Mauá pela esposa de Guiomard dos Santos, Lydia Hammes. Avião de propriedade do governo do Território. Ano de 1946.
Batismo do avião Barão de Mauá, Guiomard Santos
Momento em que um bezerro zebu salta do avião, depois de uma viagem direta de Minas Gerais ao Acre, no ano de 1948.
Avião Douglas C-47 “Juruá”, também de propriedade do território. Efetuou a primeira ligação do Rio de Janeiro ao Acre no mesmo dia. |
Transporte aéreo de borracha laminada, pelo processo-Arantes, do Acre para São Paulo. Ano de 1948 |
...os aviões que aqui chegavam transportavam bois, cabras, porcos, galinhas, enfim, diversos animais destinados a melhorar a produção acreana. Além das matrizes reprodutoras, os aviões transportavam a borracha laminada do Acre para diversas partes do país.
A estrutura do Aeroporto Salgado Filho, coma chegada de aeronaves mais modernas tornou-se insuficiente para comportar o fluxo de aviões. No governo de Wanderley Dantas foi construído, então, o Aeroporto Presidente Médici, no segundo distrito da Capital, em 1974. Com a desativação de passageiros Salgado Filho, as imediações do local passaram a ser denominadas de Aeroporto Velho. Em 1978, o governo de Geraldo Mesquita doou o prédio da antiga Estação de Passageiros para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o INPA. Atualmente, funciona no local o Centro Cultural Lídia Hammes, destinado a atividades da “terceira idade”.
PARTICIPAÇÃO DOS LEITORES
Rio Acre cheio.
PARTICIPAÇÃO DOS LEITORES
Pádua Bruzugu
Gilmar, com relaçao a historia do aerporto velho, sinto que falta algumas coisa, por exemplo falar dos primeiros moradores da invasao, do B sabba que foi muito importante para o crescimento do bairro, eu sou apaixonado pelo velho aeoporto,cheguei de boca do acre em 1975 e fui direto para o bairro, so tinha duas ruas a rio grande do sul e a do terminal e na epoca as grande lideranças politica do bairro era o Joao Nicó, Manoel Rocha, Santos (estivador), tinha o Prof Jaime, pessoas que fundaram o bairro e muito respeitada, quanto a invasao é outra historia muito interessante. Abraços