quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Conheça Tarauacá

UMA BREVE EXPLICAÇÃO: 

Amigos, quando resolvi fazer este blog não pensei em falar somente aos riobranquenses,  mas, levar notícias e informações de forma alternativa a todas as pessoas, incluindo os interioranos que assim como eu,  escolheram viver e trabalhar na capital, mas, não perdem as suas raízes e o amor por sua cidade natal. 

Não se chateiem se eu falar muito em Tarauacá neste blog, é que eu sou um desses caboco que não perde a oportunidade de falar e divulgar a minha querida cidade.

Abraço a todos.



História de Tarauacá

Em virtude da emigração dos nordestinos a partir do ano de 1877, intensificou-se a exploração das terras do município. Em 1889 um grupo de imigrantes chega à confluência do rio Murú com o Tarauacá, fundando aí o seringal Foz do Murú, que em breve cresceu de importância uma vez que era aí o ponto de partida para as explorações dos altos rios.O marco inicial, porém, da verdadeira história do desbravamento desta região, a se ter notícia positiva, data do ano de 1890, quando fundaram um porto na confluência dos rios citados, denominando-o "Foz do Murú" ponto de partida para novasexplorações. Com a celebração do Tratado de Petrópolis, em 1903, as terras do município passam a integrar o território nacional. Em 1904, com a primeira divisão territorial administrativa dada ao Acre, Tarauacá passa a figurar no Departamento do Alto Juruá. A 01 de janeiro de 1907, Foz do Murú é elevada à categoria de Vila, com o nome SEABRA em homenagem ao então ministro da Justiça, Dr. José Joaquim Seabra.
Em 1912, foi desmembrado do Departamento do Juruá, passando a constituir o Departamento de Tarauacá, criado que fora pelo Decreto nº 9831 e instalado a 19 de abril, sendo seu 1º Prefeito Cel. Antônio Antunes de Alencar.
Ainda pelo mesmo Decreto em 23 de outubro de 1912, foi criado o município com o mesmo nome do departamento, este instalado em 24 de abril de 1913, data em que Vila SEABRA foi elevada à categoria de cidade, passando a se chamar Tarauacá. O nome tem origem indígena e significa “Rios dos paus e das tronqueiras”.
Antes de ser município, Tarauacá era habitado por tribos kaxinawás e jaminawás,que se localizavam a margem do rio. A partir de 1877, intensificou-se as explorações das terras marginais do rio Tarauacá, com a imigração dos nordestinos.
Em 1914, o recém-criado município passa por uma primeira divisão administrativa do Acre, e Tarauacá passou a fazer parte do departamento do Alto Juruá.
O primeiro prefeito Antonio Virgulino de Alencar fez muito para que o município crescesse e hoje Tarauacá tem como base econômica a agricultura, pecuária, comércio e serviços que são bases de sustentação, sem esquecer o extrativismo da borracha, marco importante na História de Tarauacá. O município na atualidade é conhecido como a Terra da mulher bonita e do abacaxi grande.



Município de Tarauacá
Brasão de Tarauacá
Bandeira de Tarauacá
tarauacaense
Vando Torquato (PSDB)
(2005 – 2008)
Localização
Localização de Tarauacá
Municípios limítrofes
Distância até a capital
381 km
Características geográficas
15 553,43 km²
33.883 hab. est. IBGE/2009 [2]
2,1 hab./km²
168 m
Indicadores
0,604 médio PNUD/2000 [3]
R$ 164.107 mil IBGE/2005 [4]
R$ 5.410,00 IBGE/2005 [4]

A BANDEIRA

CONHEÇA TARAUACÁ



O HINO

O anseio de uma nova terra
Fez nascer teu povo varonil
Ao surgir no encontro dessas águas
Eis mais um recanto do Brasil

As águas do rio das tronqueiras
Irrigam o solo fértil deste lar
A fauna, a flora e essa gente.
Belezas do vale Juruá

Tarauacá teus ideais
Com passos firmes iremos conquistar

Oh! Cidade florida de sonhos
Do passado de lutas e glórias
Teu futuro reluz a esperança
De almejar confiantes a vitória

O sangue caboclo e nordestino
De um povo hospitaleiro e gentil
O brilho da estrela altaneira
Em tua bandeira refletiu

Tarauacá teus ideais
Com passos firmes iremos conquistar

A semente de tuas origens
Fez brotar a fé no coração
Dádiva singela tão presente
Que enaltece o ser de emoção
O canto que ecoa na floresta
Dos filhos da Amazônia a clamar
Que a faz fortaleza dessa selva
Reine nas entranhas do lugar

Tarauacá teus ideais
Com passos firmes iremos conquistar.


O SIMBOLO

A cidade de Taraucá é conhecida pela simbologia do abacaxi grande e da mulher bonita.


VIDEO COM O HINO




VEREADORES DE TARAUACÁ

Edmar Rodrigues (PMDB)

Roberto Freire (PP)

Lulu Nere (PP)

Ezi Aragão (PT)

Luis Meleiro (PC do B)

Raimundo Furtado (PP)

Chico Batista (PDT)

Manoel Monteiro (PCdo B)

Valdor do Ó (PSDB)


Tarauacá, Ontem, hoje e amanhã

Olhar para o passado não é saudosismo. Povo nenhum nasce do "arroto de Buda". Há em tudo um princípio. As origens de Tarauacá vão muito além dos seus 96 anos. O século XIX é um século de grandes explorações na Amazônia, surgem as famosas expedições de Francisco de Orellana, W. Chandless, e tantas outras; sem falar nos inúmeros exploradores que subiam os rios amazônicos em busca das chamadas "drogas do sertão" e posteriormente atraídos pela borracha.
É difícil precisar quando a região de Tarauacá começou a ser povoada. Sabe-se que em 1850, o Padre Constantino Tavestin, no seu livro Le Fleuve Juruá, refere-se a um amigo crioulo português que subiu freqüentes vezes o Juruá até Marari, e até mesmo Tarauacá, para troca de produtos europeus com os índios, que em troca lhe davam produtos nativos da região. Mas um dos primeiros exploradores e desbravadores dessa região foi João da Cunha Correia, que já em 1854 conhecia as águas do "rio das tronqueiras".
Foz do Muru, (cujo um dos proprietários o chamava de Bairro Leôncio de Andrade) era um importante Seringal localizado na confluência do Rio Tarauacá com o Muru, cujo nome emprestou à cidadezinha que se erguia à sua frente, elevada à categoria de vila 1907. Este seringal, onde posteriormente o grande escritor Leandro Tocantins passou a sua infância juntamente com seus pais – proprietários de diversos seringais dentre este; erguia-se à margem direita do Rio Muru e era formado por um conjunto de casas de madeiras, algumas com telhas francesas, que davam à construção as insígnias patriarcais de uma casa-grande.
- Seringal Foz do Muru -
Em 24 de Abril de 1913 Tarauacá é elevada a categoria de município, que então se chamava Vila Seabra, em homenagem ao então Ministro da Justiça J. J. Seabra. É considerado seu primeiro prefeito o Coronel Antônio Antunes de Alencar. Este era um seringalista, que lutou juntamente com Plácido de Castro na Revolução Acreana; ele era chefe do batalhão chamado Acreano composto por aproximadamente 360 homens. Antônio Antunes de Alencar foi também membro do Conselho Municipal de Xapuri (desfeito logo após Plácido tomar frente à revolução), criado pelo Intendente boliviano Juan de Dios Bulientes com o intuito de pacificar e assim ter o domínio sobre o território acreano. Além disso, Antônio Antunes de Alencar foi aclamado governador provisório do Estado do Acre pelo Partido Autonomista do Juruá que havia instituído uma Junta Governativa por volta do ano de 1910. Sabe-se que até 1938 ele trabalhava e vivia no sertão baiano.
- Antônio Antunes de Alencar -
Numa nota sobre Tarauacá que data de 1942, um ano antes de Seabra receber o atual nome – Tarauacá, assim o grande escritor José Potyguara resumia a cidade: "Seabra – uma das mais florescentes cidades acreanas. Sede da comarca e do município de mesmo nome. Situada na confluência dos rios Muru e Tarauacá, tem um comércio bastante desenvolvido. Está situada em terreno plano, e sua privilegiada topografia apresenta ruas retas, algumas calçadas e cimentadas. Os prédios, embora pequenos, são bem construídos e alguns de alvenaria e bastante elegantes: a Prefeitura, o Fórum, o Grupo Escolar, o Mercado Municipal, o Quartel da Força Pública, a Loja Maçônica, o Teatro e a Igreja, esta recém-construída pelos missionários da Ordem do Espírito Santo. Possui um campo de aterrissagem e uma excelente estação radiotelegráfica que se comunica, diariamente, com Manaus e as demais cidades do Território Federal. A população é cerca de 3.000 habitantes, gente boa, alegre e hospitaleira". Esse relato nos dá uma dimensão, embora pequena, de como era a vida nos idos da década de 1940, momento em que Tarauacá vivia sobre a belle époque proporcionado pela borracha.
Prefeitura e Teatro -
- Igreja Matriz de São José -
- Grupo Escolar João Ribeiro -
- Rua D. Constância de Menezes -
- Uma das ruas principais de TK -
- Rua Inôcêncio de Menezes -
- Uma antiga casa -
Mas história não é só passado, é também presente. Hoje olhamos para nossa história e nos perguntamos se progredimos alguma coisa. É claro que temos significativas mudanças. Porém, às vezes tenho a impressão de que chegamos ao século XXI, mas ainda continuamos no atraso social do XX. Tempos áureos, mas um tempo também de grandes explorações e injustiças, impostas principalmente pelos coronéis de barranco, hoje, sobretudo por um modelo político que governa para si próprio.
Nossas ruas assemelham-se a ramais; nossos patrimônios históricos são derrubados pelo homem ou pela ação do tempo; não temos arquivo municipal muito menos museu; nossas tradições e festivais tornam-se cada vez menos freqüentes. Por quê? Com a certeza o motivo não é financeiro.
Todavia há o movimento inverso. Há aqueles que sacrificam vida e bens por uma cidade menos injusta. Quantas Irmãs Neldas, quantos Palazzos, quantos Maurícios e quantos Acciolys existem trabalhando por um chão onde todos tenham ao menos as mesmas oportunidades. São por estes que ainda espero e luto pelo futuro.
Neste chão tão generoso que pariu figuras ilustres como a do poeta J. G. de Araújo Jorge e Djalma Batista, e que acolheu grandes homens de letra e cultura como Leandro Tocantins, José Potyguara, Miguel Ferrante e tantos outros; não há de ser uma terra de esquecidos e sem memória. Fomos e seremos a terra da mulher bonita e do abacaxi grande. Em nosso sangue corre a força do índio, do caboclo e do nordestino na mesma força como as águas irrompem e correm pelos rios e igarapés, levando as impurezas e fecundando as suas margens. E aos que podem fazer algo e não fazem, dirijo os meus pobres versos:
Chega de espoliação
estamos fartos de discursos
e do jugo do injusto patrão...
E tu bendito político
quando deixarás de dar
ao teu povo pão e circo?
* * *
Referência
Costa, Craveiro. A Conquista do Deserto Ocidental. Brasília: Ed. Brasiliana, 1973.
Tocantins, Leandro. Formação Histórica do Acre I e II. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
Potyguara, José. Sapupema: contos amazônicos. Rio de Janeiro, 1942.
Meira, Sílvio de Bastos. A Epopéia do Acre. Rio de Janeiro: Record: 1964.
Imagens: IBGE e Site Tarauaca.com
Fonte:

Recordar é viver...


*

Capela de São Francisco - Seringal Paraíso - Rio Muru

*
Jornal Official - Orgão da Prefeitura de Tarauacá -
Em destaque, uma série de reportagens sobre o assassinato de Solon da Cunha, filho de Euclides da Cunha, assassinado no Seringal Mira Flores no Rio Envira, no ano de 1916.

*
Antiga Casa de Engenho, se localizava onde hoje
fica o Bairro de Copacabana
*

Conjunto de casas que se localizam às margens do
rio Muru em frente a cidade de Tarauacá
*
"É preciso começar a perder a memória, ainda que se trate de fragmentos desta, para perceber que é esta memória que faz toda a nossa vida. Uma vida sem memória não seria uma vida, assim como uma inteligência sem possibilidade de exprimir-se não seria uma inteligência. Nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nossa ação, nosso sentimento. Sem ela, não somos nada."
(Luis Buñuel)
*
Agradecimento ao Palazzo por ceder gentilmente algumas fotos.
Fonte: Alma Acreana


No tempo em que prefeito era doutor

FRAGMENTOS DA HISTÓRIA DE TARAUACÁ
*


A história de Tarauacá é um capítulo interessante para se compreender a própria história do Acre. Afinal de contas a Terra da Mulher Bonita já foi uma das mais prósperas cidades acreanas. [Falandoassim não dá nem para acreditar!!!]. E Tarauacá está cheia de histórias interessantes. Uma delas nos conta José Higino de Souza Filho no seu livro “A luta contra os astros”, uma das primeiras obras a resgatar a memória, as origens e os aspectos da vida social do povo tarauacaense. Como é de conhecimento de todos, pelos menos dos que conhecem Tarauacá, uma das coisas que mais mexe com os tarauacaenses é a política, e nesse campo emergem muitas histórias. Nesse tempo, Tarauacá era ainda Departamento e tinha jornal. Predominavam os coronéis de barrancos e prefeitos eram nomeados diretamente pelo presidente da república. O fato relatado por José Higino refere-se aos dias tumultuados pelo qual passou o prefeito de Tarauacá naquela época, que quase morreu vítima de um atentado a bomba. Diz a narrativa de José Higino:

“O fato aconteceu com o dr. José Tomaz da Cunha de Vasconcelos, chegado a Tarauacá em 1916, como prefeito do Departamento, nomeado pelo Presidente da República. Homem enérgico e trabalhador, porém de um autoritarismo adentrando às raias da violência, o novo governante, durante a sua gestão, procurou pôr um freio aos abusos cometidos por alguns coronéis, cuja fama de prática de maus tratos contra seringueiros era de todos conhecidos.

Com tal postura, em pouco tempo, o prefeito conseguiu arregimentar contra ele a maioria dos coronéis locais, que inclusive, lhe deram logo o apelido de “Surucucu”, face a certas atitudes atrabiliárias tomadas contra tais seringalistas.

Conta-se, por exemplo, que um desses coronéis, habituado que era a pôr seringueiros no tronco e açoitar, certa vez, não satisfeito apenas com essa forma de castigo, obrigou a uma de suas vítimas a correr no campo em volta do barracão, com um chocalho pendurado no pescoço, como se um burro fosse.

Chegando o fato ao conhecimento de tal governante, este, indignado, determinou que tão logo o tal coronel viesse à cidade, o levassem à sua presença, pois que ele o iria obrigá-lo a caminhar, da mesma maneira, pelas ruas do ainda pequeno vilarejo. Ignorando a humilhante ameaça que pairava sobre a sua pessoa, um belo dia o coronel deixa o seu seringal no rio Muru, com destino à sede do município, onde pretendia tratar de negócios e desenfastiar-se do isolamento em que vivia.

Alertado, porém, por um amigo, a quem quis visitar já bem próximo à cidade, de que o “Surucucu” estava querendo acertar contas com ele, o coronel desceu às pressas o barranco que mal acabara de subir e, retomando, rapidamente, a embarcação, tão fortes e rápidas foram suas remadas rio acima, que jamais, a um transporte daquela espécie, velocidade tamanha fora imprimida contra a corredeira.

Durante o tempo em que o dr. Cunha permaneceu na Prefeitura, o coronel, por precaução, não mais saiu do seringal.

Verdade é que, na gestão do tão temido prefeito, pessoas importantes foram postas a rolar cumaru-ferro com machado cego, enquanto outras, vestida de fraque e cartola, capinaram ruas da cidade, sem falar das vezes que saíam corridas e se valiam da proteção de algum coronel mais respeitado, como aconteceu, por mais de uma vez, com o jornalista Pedro Leite, dono do jornal “O Município”.

O clima contra o prefeito, no entanto, ficava cada vez mais tenso e, um certo dia, uma bomba havia explodido, debaixo da sua residência, ferindo gravemente sua esposa. Um modesto comerciante de nome Amin Kontar, tendo sido preso como suspeito por um delegado que já era seu inimigo, foi torturado até a morte na prisão, sendo que, só muitos anos mais tarde, veio se saber quem foram os verdadeiros autores da façanha.

Quando, chamado, tempos depois, ao Rio de Janeiro, pelo Ministro da Justiça, em virtude de seguidas denúncias à sua pessoa, deveria substituí-lo na Prefeitura, na qualidade de primeiro suplente, o seu genro dr. Rafael Guedes Correa Godim, cuja posse, todavia, não aconteceu, impedida foi por um levante armado liderado pelo cel. Júlio Pereira Roque, o segundo suplente, sendo intenção ainda do movimento, colocar o impedido numa canoa, rio abaixo, coisa que só não chegou a se concretizar, graças ao prestígio e coragem do coronel e seringalista Joaquim Pinheiro Cavalcante, que o tomou sob sua proteção, levando-o para sua residência, na chácara “Corcovado”, onde o mesmo permaneceu até o dia em que, desanimado, deixou de vez o município. Por ironia do destino, tempos depois deu-se a sua volta à Tarauacá, dessa feita como juiz de Direito do lugar. Educado como era, nunca demonstrou, contudo, qualquer interesse de vingança contra os seus inimigos. O dr. Cunha, por sua vez, anos depois (1930), voltou ao Acre, como governador do Território, já na vigência da nova organização administrativa, adotada a partir de 1920, elegendo-se, em 1934, deputado federal pela Chapa Popular.”



CURIOSIDADES E PARTICULARIDADES DO MUNICÍPIO DE TARAUACÁ

AMIN KONTAR: O Santo de Tarauacá

"Que o Castigo, se assim posso exprimir, fira tanto a alma como corpo". Michel Foucault

A História se passou em Tarauacá, na então chamada Vila Seabra.

Na terra que me viu primeiro, uma bárbara injustiça aconteceu.

Se Michel Foucault tivesse conhecimento desta punição, com certeza teria incluído em seu livro Vigiar e Punir, que conta a história da insanidade do homem na apuração dos fatos criminosos.

Foi nos idos de 1918. Um jovem descendente de turco - segundo os mais velhos, um belo jovem - passava em frente a casa do prefeito de Tarauacá, quando viu a casa do Intendente Cunha Vasconcelos pegando fogo, que depois se soube, foi devido a explosão de uma dinamite. Logo se assustou com gigantes labaredas, e sai correndo, desesperadamente, do local, talvez já profetizando o que poderia acontecer.

Não custou muito para que algumas pessoas, querendo agradar e se aproximar da corte, apontassem o jovem AMIN KONTAR como o autor do incêndio.

O prefeito tratou de punir o suposto criminoso, e em conluio com o delegado e o chefe de polícia perpetraram as mais cruéis torturas contra o jovem, que sabiam ser inocente. Na verdade, o incêndio criminoso tinha como autor um rival político do prefeito, mas a punição de AMIN KONTAR serviria para mostrar a todos o poder daqueles que mandavam.

AMIN KONTAR foi colocado amarrado dentro de uma rede na delegacia, entre duas espadas afiadas, e a cada embalo, uma furada de cada lado em seu corpo e em sua alma de inocente.
Andou por cima de ferro quente, teve as unhas dos pés e das mãos arrancadas com alicate, e seu corpo, já em estado deplorável, foi arrastado e exibido pelas ruas da Vila Seabra, puxado por um cavalo, em um suplício público.

AMIN KONTAR é considerado um santo em Tarauacá, devido a sua morte como inocente. Sua tumba é a mais visitada, a mais prestigiada e a mais respeitada do cemitério da nossa cidade. Milagres acontecem por interferência deste santo popular.

Claro que não é um santo reconhecido pela Igreja Católica, mas não importa, o povo o canonizou. Diariamente pessoas vão ao seu túmulo e depositam flores, óculos, fraudas, camisas, lençóis, todo tipo de objeto, dependendo da natureza do clamor que se faça a ele.

AMIN KONTAR, o santo de Tarauacá, o padroeiro dos inocentes perseguidos. Fonte:

O GOVERNADOR
A cidade de Tarauacá teve a honra de ter um dos seus filhos como governador do Acre. Nabor Júnior governou o acre de 1983 a 1986. Em sua homenágem o estádio de futebol da cidade recebeu o seu nome, conhecido popularmente como Naborzão.


Nabor Teles da Rocha Júnior
Nascimento: 7/11/1930
Natural de: Tarauacá - AC

Filiação: Nabor Teles da Rocha
e Rosaura Mourão da Rocha

Cargos Públicos
Governador do Estado do Acre
Secretário da Fazenda do Estado do Acre

Profissões
Seringalista
Comerciante

Mandatos
Deputado Estadual - 1963 a 1975
Deputado Federal - 1975 a 1979
Deputado Federal - 1979 a 1983
Governador - 1983 a 1986
Senador - 1987 a 1995
Senador - 1995 a 2003

Trabalhos Publicados
- Presença Renovadora do Acre no Congresso Nacional. 1975.
- Novos Caminhos e Novas Soluções para o Acre. 1975.
- Problemas e Soluções Para O Progresso do Acre. 1976.
- Terra, Economia e Isolamento: A Tragédia De Um Povo. 1977.
- Temas Acreanos. 1977.
- Abandono, Esquecimento e Descaso: A Luta do Acre no Futuro do Brasil. 1978.
- O Acre e o Brasil - A Constância de uma Luta...1980.
- Presença e Atuação Parlamentar. 1981.
- Confiança e Determinação: A Luta Em Defesa do Acre e do Brasil. 1981.
- Democracia e Desenvolvimento - A Realização De Um Futuro Com Paz e Harmonia. 1982.
- A Luta Pelo Progresso do Acre: Capítulo Importante na Consolidação do Brasil Moderno (1992).
- Acre Sempre: 1995. (1996).
- Desenvolvimento Econômico - Progresso Social e Democracia: Construindo o Brasil do Futuro (1997).

Homenagens Recebidas
- Medalha do Mérito da Magistratura (Associação dos Magistrados Brasileiros);
- Medalha da Inconfidência (Governo de Minas Gerais);
- Medalha Comemorativa do 50º Ano de Instalação da Justiça do Trabalho (Tribunal Superior do Trabalho);
- Medalha Ordem do Mérito Naval (Ministério da Marinha);
- Medalha Duque de Caxias (Ministério do Exército);
- Medalha do Mérito Aeronáutico (Ministério da Aeronáutica);
- Medalha Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho (Tribunal Superior do Trabalho);
- Medalha Grande Oficial da Ordem do Rio Branco (Ministério das Relações Exteriores);
- Medalha Ordem da Estrela do Acre (Governo do Acre);
- Medalha Ordem do Mérito (Governo de Rondônia).
Fonte: Senado Federal

O INESQUECÍVEL DR. TOMÉ

Dr. Tomé e sua esposa Lucimar

Neste Sábado dia 29, estava em casa tentando excluir algunsnúmeros do meu celular, a memória estava cheia, dirrepenteencontrei o telefone do médicoIslandês, Thomas Henry Geddis, que trabalhou emTarauacá de 1967 a 1985, o popular , inesquecível e conhecido dos Tarauacaenses Dr. Thomé. Sabia que ele estava morando em Rio Branco, liguei para seu telefonee me ofereci fazer-lo uma visita em sua casa, ele de pronto concordou dizendo que seria uma honra me recebe-lo.

Cheguei em sua casa e encontrei feliz e sorridente, ao lado de sua esposa Lucimar Tavares uma EvangélicaTarauacaense, com quem se casou após o falecimento da sua ex-esposa, a Irlandeza HetelGeddis. A primeira pergunta que ele me fez foi como estava minha Mãe, ele a conhece desde desde 1974 quando chegamos doseringal e ela passou a congregar junto com ele na IgrejaBatista.

Dr. Thomé trabalhou como médico e sacerdócio emTarauacá 18 anos, numa época que não existiam laboratórios e equipamentos. Durante muito tempo foi o único médico da cidade. Ia para o trabalho pedalando em uma bicicletinha que trouxe de seu país e ainda percorria toda a cidade para visitar idosos, crianças e pessoas que tinham dificuldades de chegar ao hospital Sansão Gomes.
" Na época tudo era muito difícil, só tinha eu e mais umas quatrosenfermeiras para da conta de tudo. Ainda bem que as enfermeirasme ajudavam muito, todas eram muito trabalhadoras e atenciosas. Nesse tempo ainda não existia a violência das drogas, mas existia existia a violência causada pelo álcool. Nos finais de semana sempre aparecia uma uma pessoa baleada ouesfaqueadae a gente tinha que resolver tudo".

Tomé diz que era muito difícil Dormir uma noitesossegado em função das constantes chamadas dohospital e de pacientes em suas casas. " Era muitodifícil, a cidade tinha muita lama, não existia carro ouambulância para transportar os doentes, eu tinha que andar na minha bicicleta, muitas vezes os pneustravavam de lama e não conseguia andar. Durante os tempos que estive emTarauacá eu nunca guardava a bicicleta dentro de casa, sempredeixava na entrada do portão, ninguém nunca mexia, só um vez uma pessoa pegou e ia levando para o bairro Copacabana, mas uma outra pessoa viu e gritou: para onde você vai levando abicicleta do Dr. Tomé?, ai pegou e veio deixar na minhacasa".

Tomé revela o grande carinho que tem pelo povo deTarauacá, Lembra de todas pessoas mais antigas da cidade e diz ser muito grato ao Ex-prefeito Jasone por ter homenageado sua esposa falecida, com o nome da maternidade de TarauacáTomé, hoje aos 74 anos de idade mora em Rio Branco e não exerce mais a medicina, sua função e de sua esposa Lucimar é ministrar voluntariamente, aulas nas escolas, sobre Ensinamentos da Biblía.

Dr. Tomé prestou relevantes serviços a Tarauacá numa época que realidade era muito diferente, é personagem do livro do Senador Tião Viana, "Herois que salvam" Tião Diz: "Pessoas como o irlandês William John Woods, ou simplesmente Dr. Guilherme para seus pacientes. Naturalizado brasileiro, cidadão acreano, ele luta incansavelmente para eliminar a hanseníase. Dr. Guilherme veio ao Acre como parte do serviço voluntário de uma instituição religiosa. Da mesma forma como veio, também da Irlanda, Thomas Henry Geddis, que logo ganhou o apelido de Dr. Tomé, outro personagem dessa história".


Aqui quero finalmente ressaltar que, minha visita ao Dr.Tomé, não foi motivada por interesses Jornalístico ou coisa semelhante, a motivação foi pelo reconhecimento e Gratidão que tenho por ele e por todos que serviram e servem a população do meu municípiocom honestidade, respeito e amor a justiça. No mais, foi uma conversa muito agradável que fez lembrar meu tempo de criança e ainda reforçar minhas convicções e sonho de um dia ver Tarauacá Livre da rapingem maltrada nossa gente.

Sonho que um dia a justiça arrancará as Tronqueiras perversas e afundará o barco da injustiça, em um grande movinento de vibração e energia, como o encontro do Tarauacá e Murú, para seguir seu curso e desaguar no Oceano. Fonte: Blog do Batista


A ESPERANÇA DOS CARECAS

Parece mentira, mas na terra do abacaxi gigante plantaram uma esperança na cabeça dos carecas. Esperança é uma mistura que o ex-seringueiro Carlos Pinto inventou para fazer nascer cabelo. Parte da matéria-prima, ele cultiva no quintal de casa. “Babosa, amor-crescido, corame. Mas as outras não posso falar, porque muitos vão ver e copiar. É o pulo do gato”, diz. A receita foi testada nele próprio. Seu Carlos tinha uma calvície acentuada, que incomodava. “As mulheres não me queriam mais. Eu descobri por acaso. Comecei a fazer e usei em mim mesmo. Deu certo, começou a sair cabelo”, garante. Um quartinho de 15 metros quadrados. Fogo, panela, ervas, folhas. Parece uma cozinha, mas é onde funciona a fábrica de xampu. Uma casca é o principal segredo da fórmula do xampu de seu Carlos. Mas é de uma árvore que ele só encontra na floresta. “Não dá para dizer o nome da árvore”, alega. Para os carecas de Tarauacá, o xampu de seu Carlos é quase um milagre. Mas na cabeça do agente de saúde Francisco Vanderlei, por exemplo, ele já é mais do que uma esperança. “Eu só molhava a cabeça, passava a mão e saia. Hoje, já tenho cabelo para cortar e pentear bastante”, comemora. A produção é do tamanho da fábrica: 500 frascos por semana. E só por encomenda. Seu Carlos diz que já está no lucro. A careca que ele tinha, hoje, quase não dá para notar. “Até me casei. Elas não estão me achando bonito. Estão me achando lindo”, orgulha-se seu Carlos.
NOTICIAS/SEBRAE
Com a mistura de sete plantas diferentes, que se desenvolvem na floresta amazônica, Carlos Pinto produz xampu que combate os efeitos da calvície Da redação Rio Branco – A visão empreendedora do produtor rural Carlos Pinto, do projeto de assentamento Tarauacá, localizado a 20 quilômetros da sede daquele município acreano, levou a uma descoberta muito almejada pelos laboratórios farmacêuticos de todos os países. Por meio da mistura de sete plantas diferentes, que se desenvolvem na floresta amazônica, Carlos Pinto produz xampu que combate os efeitos da calvície. Tudo começou por acaso, há cerca de um ano. “Depois de participar de um curso sobre ervas medicinais, realizado pelo Sebrae, eu voltei para casa e resolvi fazer uns testes”. Ele concentrou seus esforços na fabricação do xampu medicinal. Antes de vender o produto, resolveu testar a eficácia em si mesmo. “Eu era careca e, depois de dois meses usando o xampu de mulateiro, começou a crescer muito cabelo. Uma junta de quatro médicos me examinou, e ficaram admirados do resultado”. A partir de então, Carlos Pinto, ostentando uma nova cabeleira, passou o ser a melhor propaganda para o seu negócio. “Em Tarauacá, não preciso provar nada, pois todos sabem que eu era careca. Então eles sabem que o xampu realmente faz crescer cabelos”. Ele começou do nada, com investimentos apenas para produzir uns poucos litros do produto. A descoberta mudou a vida do produtor rural. Antes de entrar no ramo de fabricação de cosméticos naturais, Carlos Pinto não tinha uma renda mensal certa. A fórmula ele não divulga. Diz apenas que entra mulateiro, babosa e mais cinco outras plantas no fabrico do xampu milagroso. “Usando direto, o cabelo nasce com certeza. Várias autoridades de Tarauacá são meus clientes. Aliás, lá no meu município, só é careca quem quer”. O produto, segundo Carlos Pinto, é indicado para eliminação de caspa, queda de cabelo, cabelo fraco e de crescimento lento. O produtor participou, durante a semana passada, de uma oficina de produção de cosméticos e fitoterápicos promovida pela Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac). Ele aproveitou a vinda a Rio Branco para buscar mais orientações sobre o processo de registro da sua fórmula, junto ao setor de registro de patentes. Carlos Pinto disse que iria aproveitar também, para buscar orientações e consultorias do Sebrae para montagem de uma fábrica de xampu e um laboratório de controle de qualidade de seu produto. “Pretendo instalar em Tarauacá para poder contribuir na geração de emprego e renda da minha cidade”. O produtor afirma ser a extração de matéria-prima uma atividade que não agride o equilíbrio do meio ambiente. As plantas que têm suas cascas e ervas colhidas regeneram-se naturalmente e, em pouco tempo já estão prontas para nova colheita. Xampu faz sucesso entre carecas do mundo, que exigem mais produção Clique para ler a matéria Juracy Xangai O ex-seringueiro Carlos Pinto, 51 anos, pai de quatro filhos e que mora em sua colônia às margens do igarapé Esperança, em Tarauacá, continua chamando a atenção de carecas de todo o mundo por haver criado uma combinação de nove ervas que faz nascer cabelos em suas calvas. Na fábrica construída às pressas na Vila Corcovado ele comanda uma equipe de nove pessoas que trabalham diariamente para produzir cinco mil frascos de 250 miligramas do Xampu Esperança. “Nunca esperei descobrir uma coisa dessas, é um sonho, quanto a gente produz é o quanto vende e nem dá para atender todos os pedidos, por isso mesmo, a partir de janeiro vamos dobrar nossa produção para dez mil frascos de xampu, por mês”. Mais do que comerciante, Carlos Pinto que um dia já foi careca e começou a recuperar sua cabeleira, que ainda nem está completa, afirma: “As vendas vão muito bem, com dois dias da flora compraram tudo, tive de pedir uns frascos emprestados para não ficar sem nada. Mas minha satisfação mesmo é quando as pessoas chegam contando que a caspa sumiu, que os cabelos deixaram de cair e outros animados com os cabelos que estão nascendo. Gosto de saber que estou deixando as pessoas mais felizes”. Ele recorda que para cada pessoa o xampu parece funcionar de modo diferente. “No meu caso, o pessoal começou a notar a diferença quando já fazia uns seis meses que eu estava usando. Sempre passo xampu na cabeça e espero uns dez minutos antes de tomar banho para tirar o excesso”. Carlos Pinto terceirizou a venda dos frascos e decidiu que vai cuidar da produção, até porque não contou a fórmula do xampu nem mesmo para a esposa. O sucesso do produto atraiu a atenção de vários empresários de todo o Brasil, a maioria deles querendo comprar a formulo e, em alguns casos propondo sociedade para montar a fábrica de xampu. “Muitos ligaram com conversa mole, mas cinco deles foram até Tarauacá a fim de comprar a fórmula do xampu. Eu respondi pra eles que quem vende fórmula morre de fome. Vou trabalhando do meu jeitinho porque sei que chego lá”. É o primeiro produto acreano a ser vendidos para todo o Brasil, Japão, Portugal, Estados Unidos e até para Israel. “A partir de janeiro estaremos produzindo dez mil fracos por mês, preciso juntar os R$ 325 mil necessários para montar a minha fábrica. Quando ela estiver pronta vamos dar 12 empregos. O governador Jorge Viana e o senador Siba prometeram me ajudar, mas enquanto a ajuda não chega eu vou trabalhando como sempre fiz na vida”. Veja o vídeo do globo repórter e mais notícias sobre o assunto no site do shampoo esperança: www.produtosdaamazonia.

A PRAIA...E QUE PRAIA!

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